quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A ESTÉTICA TELEVISA







O cantor Latino é muito popular Brasil afora, mesmo sem ser propriamente um artista. A grande jogada de mestre do ex-bigodinho suburbano é pegar hits bombados em boates gringas de gosto duvidoso, verter para um português jocoso , "reprogramar" as batidas em alguma bateria eletrônica de segunda mão e passar os meses seguintes suingando no Faustão, na Hebe e no Luciano Huck.

O Luciano Huck também é o cara – é provavelmente o programa com a maior variedade de anunciantes, isso que passa num horário meio ingrato, no tradicional sábado morto. E isso sem mover uma palha em nome do conteúdo. Tudo o que ele faz é abrir o Google Reader da vida real – a TV a Cabo, e descobrir o que está conseguindo aderência ultimamente na Ere da Galere. Consertar carros? Consertar casas? Tá todo mundo fudido de grana?

A única coisa que não tem conserto é a criatividade do programa do Huckão. Até o Musas do Brasileirão deve ter um equivalente na NFL.

E ele tá preocupado com isso? Claro que não.

Um bom indício é notar que um dos redatores do programa é o Kibe Loco, popular blogueiro da cauda que interessa, a monga. Todos sabem que tudo o que o Kibe Loco faz é pegar os sucessos obscuros da internet, desde as figuras gringas do “You’ll shit bricks” até o recente “Obamis”, nesse caso ainda sem dar crédito. Procedimento conhecido na interweb como "kibar".

Todas esses figuras seguem a filosofia do “0% transpiração, 100% inspiração (alheia)”.

Pensar dá uma preguiça, e essa galera entendeu perfeitamente o recado. Pegam o que já é consagrado em qualquer outro lugar e colocam um selo de qualidade: a letra em português, o Marcelo Rosembach, o endereço do blog na figura de outrem.

E o triste é que esse vira o padrão da história. O que tem de blog, revista e programa respeitado que mais parece um Itens Compartilhados do Google Reader, não tá no gibi.

Mas ruim mesmo é a versão que fizeram de uma música dos grandes Beach Boys pra novela das 7, uma espécie de Malhação para novos adultos.

Sílvio Santos, a culpa é toda tua.

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