sexta-feira, 26 de setembro de 2008

cinco por cento


Nesta última quinta, a frase “sou brasileiro e não desisto nunca” teve um sabor mais que especial.

Finalmente lançaram o Iphone no Brasil.

A novidade, apesar de meio babaca, consegue movimentar o ego e o tempo livre da classe média e média alta.

E do jornalismo também ..

Convenhamos: quem tem dinheiro, ou já comprou lá fora, ou comprou algo melhor, ou usa um celular meia boca e velho e ainda assim tem muito mais dinheiro que você.

Tem também os geeks: Eles compraram na primeira semana que a Apple lançou no universo.

Pois bem, mas o brasileiro classe média é um sujeito especial e lutador.

E merece destaque porque ele esperou até hoje para poder comprar este mimo pelo valor mais alto do mundo.

Sim. Ele vai deixar a carteira, as calças e vai sair com um bloco do tamanho da bíblia debaixo do braço. E um belo Iphone básico na mão.

O lado bom é que na segunda-feira poderá chegar na firma e demonstrar sua nova aquisição na hora do almoço, meio como quem não quer nada.

E provavelmente vai usar 5% do aparelho.

Ligar, enviar mensagem e ver a hora.

Isso é 5%.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre o Fator Bola pro Jardel




Nos idos da década de 90 (olha lá ela de novo – the birth of paunocool, diria Miles Davis), o Grêmio teve uma ascensão incrível dentro do cenário futebolístico mundial. O motivo? Os jogadores tinham apenas uma preocupação: todos davam caneladas nos adversários, mas choviam golaços: bastava mandar a Bola pro Jardel.

Muitos evitam comentar, mas o mesmo acontece no mercado publicitário.

Existem momentos em que ninguém possui a certeza sobre o produto final da campanha que está sendo criada. E muito menos certeza se ela vai dar certo.

Para explicar a origem desse fenômeno, pesquisamos durante semanas dois caminhos possíveis e redigimos este obscuro artigo usando 4 mãos , 2 cérebros e 1 jardel. Logo você irá entender.

O primeiro seria uma teoria próxima do SEGREDO, mas um pouco menos paunocool. Isto é: existe uma pequena dose de energia positiva em cada pequeno publicitário arrogante, escondidas no subconsciente vil e matreiro e que, somadas, acabam empurrando a idéia para frente e influenciando o destino - o qual é responsável por ajeitar as coisas no seu lugar. É a Jardelização do futuro. Quantas vezes você já não ouviu algum criativo dizer :”nossa, estou com saudades do futuro”. Pois aí está o motivo, caros.

O segundo e mais intrigante caminho (e que mais nos interessa) é sobre a influência de espíritos publicitários. Estes seriam umas espécies de Sacis Reversos. Ao invés de irem lá desorganizar e atrapalhar, eles estão presentes no dia a dia para garantir que o bem vença o mal – mesmo que o bem seja representado por publicitários, nesse caso. São espíritos Jardéis, que pegam todas as bolas quicando rumo ao infinito e chutam diretamente onde a coruja dorme. Mais um gol.

(Para confirmar esta teoria, estamos organizando o primeiro EPF – encontro de publicitários falecidos, em um renomado centro espírita. O encontro será como qualquer outro que acontece aqui na Terra. A grande diferença é que será nivelado por cima, uma vez que a quantidade de blogueiros que partiram dessa para uma melhor ainda é insignificante. (Mal sabem que, do outro lado, poderão dar mais pitacos do que aqui.)

O Fator Bola Pro Jardel acaba sendo um grande facilitador na hora da criação ou do planejamento. Às vezes, o sujeito-homem, que paga suas dívidas, tem o direito de não tem certeza absoluta do que está fazendo e deixa essa lisergia vinda do além conduzi-lo invocando o positivismo goleador. e tudo fica ok:

“Ainda não descobri o que Bichos de Pelúcia tem a ver com carros, mas Bola Pro Jardel!”

“Pensei num brinde que não tem nada a ver com nosso iogurte, vamos dar Marinex pra galera de intestino preso e Bola Pro Jardel”

“Vamos botar a Flávia Alessandra fazendo cara de piranha enquanto mexe no carro, e Bola Pro Jardel!”

“Minha namorada gosta muito de Ivete Sangalo, liga pra ela e pede pra falar da nossa televisão, e Bola Pro Jardel!”

De qualquer maneira, é bom não abusar do Fator Bola Pro Jardel.

Não nos esqueçamos – ele já esteve no topo, mas hoje joga no Criciúma.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

BEM, AMIGOS DA CAUDA MONGA



A Rede Globo sempre PRIMOU pela interatividade.

Quem não se lembra daqueles domingos clássicos onde o Faustão praticamente nadava como uma baleia num mar de 1 bilhão de cartas enviadas por telespectadores?

Muito antes de Pedro Alexandre Sanches ligar o foda-se para o Ed Motta e ligar o Orkut diretamente a uma rede de amigos do Capitão Planeta para salvar a Amazônia, a emissora carioca já arrebentava trazendo a internet ao mundo real.



Um caso clássico é a participação do AMIGO INTERNAUTA,
antigo telespectador, nas transmissões de futebol. Todos os jogos, já virou questão de ordem: a “pergunta do internauta” recheia de maneira indecorosa as transmissões do fino esporte bretão.

As perguntas proferidas pelo “assim chamado amigo internauta”, para citar em dois termos muito queridos pelo Galvão Bueno, são quase sempre exemplares dignos da assim chamada CAUDA MONGA.

“Falcão, você acha que o Parmera vai reagir?”

No que Falcão faz muxoxo e responde alguma coisa sobre o COLORADO.

“Casagrande, como você acha que o corinthians está assimilando a derrota?”

O que sabemos é que a casa caiu e Casagrande está assimilando a própria derrota em um centro de reabilitação.

E deus queria que o CEO não tenha o sobrenome ILHA, que anda aprontando altas confusões com uma turminha barra pesada, digna de sessão da tarde.

Ou seja,

São sempre perguntas ruins, feitas por pessoas que certamente não fariam sucesso no Twitter, tampouco teriam seus Itens Compartilhados como objeto de desejo.

A idéia de ter um Yahoo! Respostas ao vivo, capitaneada pelos principais comentaristas do país, é muito boa.

Mas faltou angariar uma galera menos trouxa – tanto para perguntar, quanto para responder.

A interatividade falhou a partir do momento que mais pessoas bestas puderam não adicionar coisa nenhuma a um conteúdo que já não era grandes coisas.

É unir a fome com a vontade de morrer.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

NOS MENORES FRASCOS... AS MAIORES PAUNOCOOLZICES


Entre os movimentos mais fortes que compõe o guarda-chuva do paunocoolzismo mundial está a sustentabilidade.

Talvez seja o mais importante atualmente, mas Al Gore tem menos a ver do que Henrique Meirelles. Afinal, para ser sustentável não precisa de muito esforço. Basta reapresentar seu produto num contexto molambo, de sérias restrições orçamentárias, mas ainda assim superfaturado. Basta o carimbo de “sustentável” para que a mídia espontânea ajoelhe-se perante sua paunocoolzice. E um designer, claro.

A prova mais recente saiu no blog Blue Bus e é um perfume chique. Um artigo de luxo.

O bizarro é que os caros arranjaram uma maneira econômica (pra eles) e picareta (pro consumidor) de tentar agregar algum valor de sustentabilidade ao produto.

Leia isto “Porém marcas de luxo, já estabelecidas no mercado, e com valor agregado já em alta, também estão preocupados com o meio ambiente. Talvez até por exigência de seus clientes bem informados.”

Cliente bem informado do que ?

A tal marca teve coragem de lançar um refil do perfume para justificar a preocupação com o meio ambiente. Ou seja, devem ter economizado uma bagatela para deixar a porra da embalagem conseguir chegar até esse novo conceito de ESCROTIDÃO CONCEITUAL.

Quantos minutos será que foram gastos até eles chegarem nesse modelo arrojado, que mais parece suco de tamarindo vendido em feira do interior? Pior, parece o interior daqueles vinhos de caixinha, que já vem acoplados com uma torneirinha prática e ideal para piqueniques na Praça da Sé.

E a tendência vale para todos os setores- dizem que a Fox vai vender dvd sem caixa e que muito em breve o Burger King vai servir os lanches no guardanapo. Tudo a serviço do meio ambiente.

A sustentabilidade? Vem a partir das árvores que as empresas não precisarão derrubar para fabricar mais dinheiro na feitura das embalagens. Economizando de maneira selvagem nesse quesito, elas usam apenas o dinheiro que já está no mercado, mais especificamente no bolso de seus clientes doentes que vão abraçar mais uma belíssima forçada de amizade por parte dos engajados de ocasião.


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como uma virgem

O Brasil perdeu, na semana passada, a virgenzinha preferida da nação. Sandy finalmente casou e foi deflorada. Casou com um blogueiro, o que garante uma vida sexual ativa, mas infeliz.

Daniele Hypólito tenta, a todo custo, ganhar a pecha de cabacilda número 1, agora que a vaga está em aberto.

Pois até nessa tentativa patética a senhorita Hypólito falha miseravelmente.

Dizem por aí aquela velha história da banana: sua vida de atleta inclui o consumo de produtos diversos todos dia. Produtos que gostaríamos de tomar uma vez ou outra quem sabe, mas jamais no formato de um rotineiro café da manhã. Pois bem, isso não importa mas seria o tal culpado da falha.

Mal sabia ela que o mundo das celebridades seria atacado pela VIRGINDADE DE GUERRILHA da grande Carolina Miranda.



Ela é sobrinha da Gretchen, a rainha do bumbum na época dos Beatles, e foi lançada como a Ultimate Rainha do Bumbum como forma de enfrentar a crescente onda de frutas barangas nas reportagens do TV Fama e do EGO.

Carol é gostosa, sem vergonha, 19 aninhos e diz ser virgem.

E esta usando essa suposta virginidade, que as pessoas acreditam tanto quanto na história de wifi pra todo mundo em SP, para se lançar no disputado mundo pornô.

Contradição em termos? Jamais.

Carol fará apenas cenas de sexo anal, reforçando aquela velha máxima “crente do rabo quente” paunocool, em que as mocinhas sacrificavam o background em nome da boa fama na vizinhança.

É a idéia mais genial da indústria desde que botaram a Rita Cadillac para transar dentro de um cadillac.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Um café pequeno nunca fez tanto sentido


O McDonalds resolveu enfiar a jeba no cool da Starbucks.

Enquanto a turminha decrépita naquela vibe Misouri, Texas fica pedindo por respeito, até Ronald Mcdonald já sacou o óbvio. Não existem mais vacas sagradas.

Mesmo a lanchonete do palhaço, há tantos anos alvo de comunistas, punks, hippies, vegetarianos e gordos filhos da puta em geral, agora já cria uma relação pró-paunocoolzismo de resultado. Sim, uma das empresas símbolo do mundo livre se tornou uma das precursoras da movimentação que visa enfiar um pau no cool alheio.

E sem medo de ser feliz, jogou a real – para o Mcdonalds, Starbucks é café pequeno.

Confiram no vídeo e comprovem.



Bom notar que o vídeo é gringo, o que contextualiza melhor o Starbucks enquanto empresa. Por aqui, a franquia não passa de um último recanto para cybermanos e japas-raio-laser destilarem toda a nostalgia da modernidade enquanto derrubam café ruim em seus estimados laptops.

Melhor que tudo isso, só mesmo fazendo wake board com um ônibus espacial da NASA em Peruíbe!

Nóiskita!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Marinex não é penico




O prêmio para a categoria brindes pau no cool vai para o marinex ofertado pela nova propaganda do iogurte Activia.

Primeiro de tudo: iogurte, qualquer um que você tomar, vai soltar seu intestino. QUALQUER UM!

E se você optar por tomar todo santo dia, é obvio que você se tornará uma disenteria ambulante. Desculpem pelo tom rústico e grosseiro do post, mas não conseguimos falar desse assunto de outra maneira a não ser a verdadeira. Estamos falando sobre ir ao banheiro tomando iogurte, um tema que por si só já é bizarro.

Mas tudo bem, o pau no cool dessa história toda é oferecerem como prêmio um marinex.

UM MARINEX?

Estamos falando do segundo maior anunciante do Brasil. Quando você não está assistindo comerciais da Casas Bahia, provavelmente está sendo desafiado a ir ao banheiro pelos bacilos Dan-regulares durante o intervalo de seus programas preferidos. Acaba sendo tudo a mesma merda.

Nem o tal terceiro setor, que movimenta milhões de views, nem a aterrorizada classe média, nem ninguém nesse mundo, está interessado em ganhar de brinde um Marinex após passar boa parte do seu mês sentado na privada. Isso tem uma explicação óbvia e cool – após o advento das lojas de R$1,99, qualquer item de cozinha se tornou extremamente acessível para o mais pé rapado ser humano brasileiro.

Ainda temos duas coisas conflitantes – por um lado você tem as lojas de R$1,99 ofertando marinex, tupperware e as mais diversas bugigangas compráveis com moedas. Enquanto isso, no mundo corporativo , restaurantes por kilo também cada vez mais acessíveis. Traçando a relação de tudo isso temos : um brinde miserável, restaurantes onde você pode comer até morrer e ... iogurte que solta o intestino.

Preciso falar o resultado? Quem ganha nessa história?

Ao vencedor, mais papel higiênico!

E sugerimos uma idea : enviem ao Mr Manson uma caixa com 30 unidades para ele resenhar amarradão twittando do banheiro mais próximo.

Pagode de Guerrilha

O sucesso de Rodriguinho, ex-vocalista da banda Os travessos, na internet é uma das provas do que chamamos de CAUDA MONGA.

Antes de qualquer coisa, jogue fora todo seu potencial criativo e confira o videoclipe da canção PALAVRAS DE AMIGO, featuring THIAGUINHO.

Um viral sem precedentes com foco no terceiro setor.


Já foram seis milhões de views. Você leu direito? SEIS MILHÕES!

Você olha ao seu redor, vê o diretor de arte curtindo a nova onda do Radiohead enquanto masca um gengibre (na falta de tabaco), observa o redator maravilhado com as novidades da última spin, cuja capa andrógina com o beck é épica, e fica barbarizado com o atendimento ouvindo medeski martin & wood a todo volume no ipod touch enquanto se prepara para prospectar clientes de mais valia.

"Roubavam meu boné quando criança, agora o zé povinho veio roubar minha banda", pensa você.

Saiba que a cauda monga é aquele pitoresco setor grande o suficiente para nao ser um mero nicho,

e demente demais para curtir as sutilezas imbecis que você produz.

E anote em algum lugar – tem candidato oferecendo internet sem fio para toda a população.

Em outras palavras, esse vídeo em outro momento terá 30 BILHÕES de views (na pior das hipóteses).

Assim como thiaguinho tenta convencer rodriguinho,

essas tambem sao palavras de amigo. A cauda monga vem aí.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O grunge é uma camisa de flanela que não nos serve mais



Com Kurt Cobain, o suicídio virou grande grife dos anos noventa. Toda vez que alguém pensa em gente dependurada em árvore, ou se jogando na frente de um caminhão ou ainda transando com aquela vizinha libidinosa sem a devida proteção, a imagem que vem na cabeça são sujeitos rústicos, com cavanhaques desgrenhados e camisas de flanela.

Todos os meus amigos eram grunges, mas não se mataram e hoje estão casados, e bem à vontade. À vontade até demais, porque jurávamos que aquelas bebedeiras de pinga em shows de rock renderiam algum tipo de subversão no que dizem ser o status quo da vida.

Até hoje não sabemos para onde os suicidas vão, mas quase todos eles vinham de Seattle.

O problema é que os criadores do site www.suicidio.com.br não precisavam ter levado tão a sério essa paunocuzisse ao criar o site mais anos noventa da semana.

Mantenha-se longe de objetos pontiagudos – e péssimos editores de HTML.

Abraços

Entonces é meu caralhón !


Se tem coisas que azedam qualquer dia da semana de um cidadão do bem são palavras do tipo "entonces", "domingon" e suas variações, que apesar de todo esforço para serem simpáticas, jovens e cool, não passam de uma gracinha influenciada pelo espanhol.

Aliás, nos ultimos tempos, quem é legal adiciona no vocabulário palavras em espanhol. Buenos dias por exemplo: é uma pequena frase que pode tornar vce um pau no cú e chato.

Talvez seja culpa da globalização? em 90 e pouco se você quisesse saber um pouco de espanhol teria que fazer um curso ou comprar um dicionário. Hoje com o google translate qualquer idiota aprende palavras em espanhol. Nós aprendemos várias , mas evitamos usar justamente por isso.

E pior que isso é alguem criar uma festa chamada "Entonces"... Já vi uma chamada Fuego, mas Entonces se superou de longe! É obvio que a proposta é : art cult e vanguarda. o que mais seria? São paulo não tem mais espaço para quem é rústico e antiquado. Aqui todo mundo é cult - curte um folk e design...

Maneiro.

As vezes até nós nos pegamos com uma vontade incontrolável de ser cool. Afinal, quem nunca se despediu dos amigos mandando um equivocadíssimo "ja elvis"? O problema do JÁ ELVIS é que não é nem português nem espanhol nem inglês, apenas um trocadilho pobre feito a alma do diabo q inventou um troço desses.
Coloco no mesmo balaio dos imbecis que, em plena era de aquário, ainda ousam falar como o MUSSUM, proferindo aberrações tipo “é nóizis”, além do popular “cacildis”.

Sem contar os dementes que ousam se despedir esbravejando, cheios de orgulho “FUIZIS”.
Bom, este é o primeiro post e vamos usar o vocabulário que mais nos identificamos
o rico e inigualável "FAVELÊS"!

É NÓIS !
 
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